Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez uma linda menininha que atendia pela alcunha de Chapeuzinho Vermelho. Vestia uma rubra capa que cobria sua cabecinha contra o sol, que sempre usava. Sua mãe tinha preparado várias guloseimas, então pediu a Chapeuzinho que as levasse para sua vovózinha, que vivia em uma casa na floresta. Mas advertiu que lá habitava um temido lobo mau. Siga pela trilha do contorno, disse a mãe, senão o lobo te pega! Chapeuzinho ignorou as recomendações, e encantada por ver a natureza e as flores que tanto adora, adentrou-se na floresta. Estava a admirar umas begônias quando percebeu um ser grandalhão e peludo a sua espreita. Onde vais ó linda garotinha? perguntou o lobo mau. Ela, na doce inocência, respondeu que ia à casa da vovó. O lobo deixou-a partir e logo esgueirou-se em chegar lá antes de Chapeuzinho. Surpreendeu a boa velhinha, e disfarçou-se com os óculos e roupas da idosa. Chapeuzinho chegou à casa e estranhou a aparência de sua vovó. O lobo, tentando esconder a cauda debaixo das cobertas, saudou a menina. Que voz estranha, logo ela pensou. Vovó, que olhos grandes e vermelhos você tem! É para te ver melhor, disse o lobo. E que narigão você tem, hein vovózinha, continuou Chapeuzinho. É pra te cheirar melhor! Fungou o lobo. E essa boca enorme cheia de dentes, vovó? É pra te engolir menina tonta, esbravejou o lobo, que num sobressalto quis abocanhar Chapeuzinho. Por sorte, um caçador passava por perto e ouviu o inusitado diálogo, salvando Chapeuzinho do destino de virar almoço do temido lobo mau.

 

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